Hoje tenho vontade de escrever sobre uma coisa, que
implica uma boa dose de privacidade, mas sinceramente acontecem coisas tão
bizarras, que eu não quero nunca esquecer-me da velocidade a que o mundo gira.
Eu e o meu marido estamos juntos há anos, e já há anos
que temos “intimidade”, como eu tenho tendência a viver em pânico de tudo o que
pode acontecer, tínhamos como precaução o uso da pilula + o preservativo.
Apesar de falta de experiência de ambos; apesar da loucura hormonal da
juventude; apesar de dias mais trapalhões ou noites mais sonolentas; em todo
este tempo houve apenas um incidente com um preservativo e foi a primeira vez
que experimentámos um tipo diferente daquele que conhecíamos.
Agora deixei de tomar a pilula, mas como ainda não
estava a tomar o ácido fólico há 2 meses, decidimos utilizar o preservativo
durante mais 2 semanitas. E então pela segunda vez em ANOS, o preservativo
rebentou, a marca e tipo de preservativo que sempre utilizámos, num dia com
tempo, na calma da nossa casa, com tudo do mais pacifico possível. E…
Claro que Freud explicaria, com um bocejo de tão óbvio
que é, que o preservativo foi mal colocado, manifestação clara do nosso inconsciente
de desejar profundamente ter um filho. E sim, é o mais certo, é verdadeiramente
nisto que acredito. Até porque eu sou uma pessoa da ciência, por isso é melhor
não dizer que tudo acontece por alguma razão, que o que tem de ser tem muita
força, que o universo conspira a nossa vida.
Mas seja o que for, é interessante…
Calma, eu não estou a dizer que acho que fiquei
grávida, convenhamos logo à primeira e com o meu corpo a sair do torpor da
pilula é, no mínimo, pouco provável.
Mas…seja o que for…foi interessante!
O suficiente para me recordar que o (pelo menos, eu
penso) que quero é muito pouco perante o que eu verdadeiramente quero, perante
o que os outros verdadeiramente querem e perante o que pode acontecer. Eu não
posso controlar tudo, aparentemente nem sequer me posso controlar a mim, por
isso mais vale é viver!
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