quarta-feira, 11 de julho de 2012

As aventuras e desventuras dos outros


Fui ao médico mostrar as análises. Está tudo bem, mais uma receita de ácido fólico “Já fica, que ainda vai ter que tomar muito”.

Na sala de espera encontrei uma amiga, da última vez que a vi estava grávida de poucos meses. Na altura tinha-me dito que ela que também sempre tinha sentido terror com a possibilidade de ter um filho, estava agora rendida e babada.

Desta vez ficou a falar-me da filhota de 7 meses que é a razão da vida dela. Diz que até tem sorte, que agora a bebé até está a dormir bem e que pode agora tentar recuperar dos primeiros meses que foram mais difíceis, mas diz que ficou surpreendida com ela mesma, afinal conseguia aguentar mais do que ela pensava. Depois disse-me que o parto, que no caso dela tinha sido natural, mas com epidural, não foi tão difícil como ela imaginara, mas que toda e qualquer dificuldade desaparecia quando a filha sorria.

Costumo vê-la tão pouco e agora ali está ela a dizer-me as maravilhas de ter filhos, estou a ser perseguida por bebés ou é só impressão minha?

Mas é tão estranho para quem não passou pela experiência. Quer dizer os novos pápás só falam das noites que não dormem, do terror das cólicas, dos novos medos e anseios que um filho acrescenta, do dinheiro que gastam, ..., e depois terminam com um "Mas vale bem a pena quando ele sorri!". Como é possível??? Mas o que será, que mesmo sem passar pela experiência, temos tanta vontade de descobrir?...
 

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