segunda-feira, 30 de julho de 2012

Que saudades…


Tenho andado meio adoentada, só umas dores de barriga, mas quando este fim-de-semana fiquei de tal maneira que não conseguia andar, o meu marido obrigou-me a ir ao hospital. Tive de fazer uma ecografia abdominal e aparentemente tenho um quisto nos ovários.

Entre o exame e voltar a falar com o médico, não fiquei preocupada, porque tenho amigas que tiveram o mesmo problema, a única situação que me inquietava é que o tratamento que lhes tinham receitado passava por tomar a pilula, o que neste momento não era muito aconselhável não é?

Quando falei com o médico disse que era normal isto acontecer, exactamente por ter deixado de tomar a pilula, para estar atenta mas que em breve o quisto deveria desaparecer.

Mas isso pôs-me a pensar na falta que a pilula me faz. Para além de quistos nos ovários (muito difíceis de explicar à família, dado que quando dei por mim já tinha dito o resultado dos exames sem pensar que não podia esclarecer convenientemente a possível razão); a minha cara é uma colecção de borbulhas, que mais uma vez são difíceis de explicar à família (que bem podia ser simpática e fingir que não as via, mas não!!! Todo o dia é “Tens a pele uma desgraça, que se passa contigo?” – Ah a família, estão sempre lá para nós…); e o meu peito, que não só pesa mais meio quilo, ainda dói imenso!

Quero a minha dose de hormonas! Que saudades...


sexta-feira, 27 de julho de 2012

O que Hollywood tem para ensinar


Anda para aí um filme “O que Esperar Quando Se Está à Espera”, quando fomos ao médico dizer que íamos engravidar uma médica disse a brincar (acho eu) que o devíamos ir ver. Mas pensando nisso, é capaz de não ser má ideia fazer agora uma maratona de filmes com bébés, a brincar a brincar, alguma coisa devo aprender. Ou então tenho grande ataque de hormonas e passo uma tarde inteira a chorar outra vez…

Estou então decidida a fazer uma lista de filmes a ver. Ocorreu-me o “3 Homens e um Bébé” e o “9 Meses”. Quando disse ao meu marido esta minha ideia mirabolante ele perguntou a rir se também queria ver o “Olha Quem Fala” e eu respondi que sim (mas qualquer desculpa para ver o John Travolta a dar um passinhos de dança é boa - polémicas à parte eu sou demasiado fã dele), depois o meu marido percebeu com horror que ele será arrastado para esta minha febre e por isso parece-me que não irá sugerir mais nenhum filme só para não me dar ideias.

Tenho que partir para o terreno para ver se obtenho mais sugestões!

 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

As aventuras e desventuras dos outros – versão família

 
Pus-me a pensar nas últimas duas vezes que a família do meu marido se reuniu, assim sem se saber bem como começou a falar-se de bébés e claro eu e o meu marido somos logos postos na ribalta. Todos dizem que nós é que sabemos quando estaremos preparados, mas que estão ansiosos, fizeram um inventário por alto do que nos poderiam emprestar e depois as mulheres começaram a falar da respectiva gravidez e parto. Verdadeiras histórias de terror!!! Mas terminam sempre com um “Valeu a pena”.

Será que a gravidez deixa uma marca permanente de insanidade nos pais? Um filho faz mesmo tudo valer a pena?

Para quem está de fora é tão estranho ficar a ouvir estas histórias de sangramentos, angústia, dor, tudo com o mais doce sorriso nos lábios.

Será que algum dia vou mesmo entender?

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ano de mudanças


Este ano, segundo o horóscopo chinês é o ano do dragão, um bom ano para casar, ter filhos ou criar o próprio negócio.
Ate ao final deste ano, se tudo correr bem, na minha vida irão acontecer 3 aventuras: vou arranjar um emprego espectacular (quem sabe se o meu próprio negocio finalmente arranca), vou mudar de casa (por razões familiares várias dá jeito que eu mude de casa, praticamente não mudo de morada, não será muito dramático, mas ainda assim uma aventura), e vou ficar grávida do meu primeiro bébé.
O interessante é que estou a pesar as outras situações segundo a possibilidade de ter um bébé, na realidade, essa é a aventura que importa. Claro que desejo ardentemente (e com mais urgência) ter um emprego, mas a cada oferta que aparece, penso se é possível conciliar com o facto de querer ser mãe, estou neste momento a procurar emprego noutras cidades e tenho muitas reticências ao modo como isso pode influenciar a vida em família, mas se outros o fazem, eu também irei conseguir, certo? ... Certo? Não sei, o emprego espectacular ainda não me abriu a porta e se não tentar nunca saberei, por isso só me resta acreditar.
Quanto a mudar de casa, o primeiro pensamento foi, tem condições para o bébé, aquele que não posso confessar que estou à espera…? Tem, claro que tem, mas por enquanto ninguém tem de saber que essa é uma preocupação.
Quando nos apresentamos, dizemos o nome, o local onde vivemos, e a nossa profissão. Num espaço de meses eu pretendo mudar 2 destas 3 coisas que nos definem. Mas acima de tudo pretendo mudar a minha vida para sempre, serei MÃE, algo que nos transforma de uma forma que até ao momento se me afigura de tão difícil entendimento.
Até ao final deste ano espero ter importantes comemorações para fazer, para além de todos os anseios que as grandes mudanças trazem, que venham com elas o sorriso, ainda que cansado, da vitória. Porque segundo li algures o símbolo chinês para crise, inclui a representação de oportunidade, as que ao serem aproveitadas, serão para sempre lembradas.


 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sonhos…

 
Tenho andado extremamente mal-humorada, não sei se são hormonas ou simplesmente falta de dormir, mas basicamente já nem eu me suporto!

Mas hoje tenho de atinar, hoje o meu marido faz 30 anos, e apesar de, por causa do trabalho dele, não se proporcionarem grandes comemorações, ao menos um sorriso sincero este dia merece.

Em dias como de hoje, custa ser crescida, o bom de fazer anos no Verão, era o facto de ter um dia, do princípio ao fim para fazer o que bem quisesse. Quando crescemos vêm as limitações, um dia a ser aproveitado o melhor que se pode. E como esta semana as folgas do meu marido não incluem o fim-de-semana, a comemoração dos 30 anos será uma coisa entre os dois, excluindo a família próxima, que não está habituada a não estar presente nos dias importantes.

Mas verdadeiramente o que me fez pensar foi a prenda de aniversário. Este ano (e eu temo que seja mais por preguiça do que por razões verdadeiramente válidas) eu e o meu marido decidimos que não oferecemos prenda um ao outro, em vez disso guardaremos o dinheiro para uns dias de férias. Foi o que acordámos e foi o que fizemos, mas enquanto o acordo estava a ser feito, perguntámos “Não vamos fazer férias, pois não?”, “Bem, pois…”.O facto é que eu e o meu marido somos verdadeiramente caseiros, ou comodistas ou preguiçosos e em todo este tempo as nossas férias resumiram-se a 3 ou 4 dias, passados numa terra escolhida ao acaso sem qualquer plano, não me entendam mal, eu adoro as nossas férias, mas acabamos por perder todos os marcos da cidade porque não nos preocupamos em ver o que podemos fazer lá. Mas nestes últimos tempos tenho tido vontade de ter umas férias mais pensadas, preferencialmente a outro país, isto claro se fosse possível enfiar o meu marido num avião...

O único problema é que agora é diferente, agora há a esperança, o anseio, o nervosismo, que talvez no próximo período de férias do meu marido eu esteja grávida e com planos mais importantes para realizar: com dinheiro para poupar, com um quarto para decorar, com canções de embalar para aprender, com um enxoval para fazer, e com mais sonhos para sonhar…


E hoje tudo o que deu à tarde na televisão fez-me chorar compulsivamente, talvez sejam hormonas ou simplesmente falta de dormir…

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Eu e o universo


Hoje tenho vontade de escrever sobre uma coisa, que implica uma boa dose de privacidade, mas sinceramente acontecem coisas tão bizarras, que eu não quero nunca esquecer-me da velocidade a que o mundo gira.

Eu e o meu marido estamos juntos há anos, e já há anos que temos “intimidade”, como eu tenho tendência a viver em pânico de tudo o que pode acontecer, tínhamos como precaução o uso da pilula + o preservativo. Apesar de falta de experiência de ambos; apesar da loucura hormonal da juventude; apesar de dias mais trapalhões ou noites mais sonolentas; em todo este tempo houve apenas um incidente com um preservativo e foi a primeira vez que experimentámos um tipo diferente daquele que conhecíamos.

Agora deixei de tomar a pilula, mas como ainda não estava a tomar o ácido fólico há 2 meses, decidimos utilizar o preservativo durante mais 2 semanitas. E então pela segunda vez em ANOS, o preservativo rebentou, a marca e tipo de preservativo que sempre utilizámos, num dia com tempo, na calma da nossa casa, com tudo do mais pacifico possível. E…

Claro que Freud explicaria, com um bocejo de tão óbvio que é, que o preservativo foi mal colocado, manifestação clara do nosso inconsciente de desejar profundamente ter um filho. E sim, é o mais certo, é verdadeiramente nisto que acredito. Até porque eu sou uma pessoa da ciência, por isso é melhor não dizer que tudo acontece por alguma razão, que o que tem de ser tem muita força, que o universo conspira a nossa vida.

Mas seja o que for, é interessante…

Calma, eu não estou a dizer que acho que fiquei grávida, convenhamos logo à primeira e com o meu corpo a sair do torpor da pilula é, no mínimo, pouco provável.

Mas…seja o que for…foi interessante!

O suficiente para me recordar que o (pelo menos, eu penso) que quero é muito pouco perante o que eu verdadeiramente quero, perante o que os outros verdadeiramente querem e perante o que pode acontecer. Eu não posso controlar tudo, aparentemente nem sequer me posso controlar a mim, por isso mais vale é viver!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Medo, porque não?


A tender para o desesperada, disse ao meu marido “Tenho de arranjar emprego antes de engravidar” e ele perguntou como que casualmente “Achas que há um problema de estares a tomar ácido fólico e parares de repente ou se não engravidares?” e eu retorqui “Não me digas que te vais arrepender?” e ele disse “Não, mas tenho medo que tu te arrependas.” Nem me lembro o que se disse a seguir, a bem dizer nem liguei muito na altura. Mas agora vejo que não gostei nada desta conversa!

Quer dizer se eu estou assustada? Claro que sim! Se estou demasiado assustada ou preocupada? Sim! Mas ser exagerada é uma das minhas adoráveis (???) características.

E qual é o mal de se ter medo? Ter medo é bom: deixa-nos atentos, faz-nos pensar e prepara-nos para tudo o que pode acontecer (queda de meteoritos incluída), faz-nos ter cuidados extra, mas acima de tudo faz-nos ter total certeza de que é isto mesmo! Quando eu tenho medo, tanto que até parece que o coração pára um batimento, e mesmo assim vou em frente, eu tenho a total certeza que é isto que quero!

Ouvi na televisão um super empresário dizer que a diferença entre algumas pessoas serem empreendedores de sucesso e outras não, é o medo, ele dizia que é normal ter-se medo, mas quem apesar do medo seguir em frente terá hipóteses de sucesso. Ora eu sou muito medricas, logo só posso estar talhada para o sucesso!

Desistir não é para mim, posso ter que ponderar e adaptar-me ao que venha a acontecer, mas eu vou ser mãe, nem que tenha que pedir socorro ao mundo inteiro!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Quanto custa um filho?

 

Apesar do título não estou a pensar comprar nenhuma criança, mas convenhamos se pensamos numa mudança drástica como esta, temos que pensar como poderá mexer também com as nossas finanças. Então lá fui explorar. Na internet encontrei alguns artigos interessantes – mas assustadores:




Depois fui para o terreno e perguntei a uma amiga que tem agora uma filha de 2 anos (porque não posso levantar suspeitas entre o meu círculo mais chegado, com muita genialidade consegui introduzir o tema numa conversa com ela) e ela disse que com ela, que teve muitas coisas emprestadas da família, e que pode amamentar e mais imensas coisas que ajudaram na questão gastou pelo menos 250€ por mês, desde que engravidou até ao momento.

É uma renda de casa. É bom? É optimista?

Até ao momento, ainda sem estar grávida, o meu filho custou duas consultas ao médico de família (5 € cada), duas caixas de ácido fólico (3,26 € cada), uma caixa de bem-u-ron para caso de emergência (1,19€) e análises ao sangue (14,20€), o que perfaz um total de 31,91€, ainda só para preparar o corpo! O que será que vem aí?

Devo ir ganhar o euromilhões?

 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Já sou uma má mãe?

 
Ontem esqueci-me de tomar o comprimido de ácido fólico, fiquei furiosa comigo, como é possível ser desde já tão descuidada com uma coisa que é fulcral para a saúde do meu bebé? Nem consegui confessá-lo ao meu marido, e nós somos daqueles casais insuportáveis, super melados, eu conto-lhe absolutamente tudo! Menos isto, aparentemente… Sinto-me culpada...

domingo, 15 de julho de 2012

Um excelente fim-de-semana


Este fim-de-semana fui a um baptizado de uma sobrinha do meu marido. Como vivem longe são pessoas que vejo pouco, mas são daquela família verdadeira que o coração faz e não que o sangue obriga. É um casal fantástico que criou duas meninas absolutamente fantásticas, uma que tem agora 6 anos e com quem eu estive por 3 vezes e agora a “bébé” com quem estive 2 vezes, com esta incluída. Tenho ainda uma sobrinha com 17 anos filha do primeiro casamento do meu cunhado, que já tinha conhecido, mas com estive agora verdadeiramente pela primeira vez. Porquê esta descrição tão aborrecida? Porque é o facto de ter estado com elas tão pouco que me pôs o ego nos píncaros!

As 3 meninas são mesmo fantásticas e desde a primeira vez que as vi que me apaixonei por elas. Eu sou daquelas pessoas que sabe os desenhos animados que dão ao fim de semana em cada canal, sabe a música do Ruca de cor e sabe o nome dos filmes da Barbie (na realidade eu gostava muito de ter um filho para ter uma boa desculpa para saber isto tudo…), por isso arranjar tema de assunto com miúdos é-me extremamente fácil, daí até estarmos sentados no chão a brincar é um instantinho!

Por isso, este fim-de-semana quando entrei pela porta, a minha sobrinha de 6 anos saltou-me para o colo a gritar o meu nome, fez totalmente a viagem longuíssima valer a pena.

Nessa noite, ainda nem sei como, comecei a falar com a minha sobrinha mais velha, só me apercebi que falávamos há horas quando o meu marido me veio chamar para irmos dormir! E pronto adormeci a sorrir!

No dia seguinte a pequenina já estava farta de tanta gente a agarrá-la e de tantas fotografias. E como eu a percebia… Eu detesto tirar fotos, e por isso estava a protelar o momento de ser empurrada para a frente do fotógrafo com um “vocês ainda não tiraram fotografia com ela”. Claro que qualquer pessoa que esteja habituada com crianças deve saber que se uma criança está rabugenta, obriga-la a continuar a fazer o que a faz ficar rabugenta durante mais tempo é habilitarmo-nos a um vale de lágrimas. Por isso quando lá me obrigaram a tirar a fotografia, a nossa pequenina já estava a choramingar, mas quando eu me aproximei e lhe pedi para tirar fotos ela esticou-me os bracinhos e lá se aninhou no meu colo. E assim se faz o fim de semana da melhor tia de sempre!!! Ou pelo menos é assim que o pretendo recordar e não permitirei que ninguém mo tire! Tem de ser, porque caso seja mesma a pior mãe do mundo, poderei sempre acreditar que sou uma excelente tia! E o bom de ter um blog que a família desconhece, é que ninguém me pode contrariar, ahahaha!

Já agora, todo o baptizado foi maravilhoso, desde o sermão do padre, até à agradável companhia ao almoço, e a única coisa que o podia ter feito melhor era eu ter mais tempo com as minhas sobrinhas lindas!
 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Sexto sentido

 
A minha mãe que tricota coisa lindíssimas, mas cujo dom esta filha pelo menos não adquiriu, começou a fazer uma manta para o meu sobrinho. Perguntou-me o que achava, “é bonita, colorida, mas ainda sou convencional, as cores parecem mais para menina”. Resposta da minha mãe “Então está bem, faço-o mais pequenina e já fica”. Deixei de respirar “Já fica, como assim já fica, fica para quem?”.

A minha mãe não respondeu. Eu não disse mais nada. Será que coração de mãe simplesmente sabe? O meu marido está convencido que sim, ultimamente os meus pais começaram a pedir mais vezes que ficássemos eu e o meu marido a tomar conta do meu sobrinho enquanto o meu irmão e cunhada estão a trabalhar. E não é só tomar conta do puto, é trazê-lo para casa, dar-lhe o almoço, …

Mais uma coisa estranha nisto de ser mãe, transformam-se em super heróis com sexto sentido específico para os filhos!



 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

As aventuras e desventuras dos outros


Fui ao médico mostrar as análises. Está tudo bem, mais uma receita de ácido fólico “Já fica, que ainda vai ter que tomar muito”.

Na sala de espera encontrei uma amiga, da última vez que a vi estava grávida de poucos meses. Na altura tinha-me dito que ela que também sempre tinha sentido terror com a possibilidade de ter um filho, estava agora rendida e babada.

Desta vez ficou a falar-me da filhota de 7 meses que é a razão da vida dela. Diz que até tem sorte, que agora a bebé até está a dormir bem e que pode agora tentar recuperar dos primeiros meses que foram mais difíceis, mas diz que ficou surpreendida com ela mesma, afinal conseguia aguentar mais do que ela pensava. Depois disse-me que o parto, que no caso dela tinha sido natural, mas com epidural, não foi tão difícil como ela imaginara, mas que toda e qualquer dificuldade desaparecia quando a filha sorria.

Costumo vê-la tão pouco e agora ali está ela a dizer-me as maravilhas de ter filhos, estou a ser perseguida por bebés ou é só impressão minha?

Mas é tão estranho para quem não passou pela experiência. Quer dizer os novos pápás só falam das noites que não dormem, do terror das cólicas, dos novos medos e anseios que um filho acrescenta, do dinheiro que gastam, ..., e depois terminam com um "Mas vale bem a pena quando ele sorri!". Como é possível??? Mas o que será, que mesmo sem passar pela experiência, temos tanta vontade de descobrir?...
 

terça-feira, 10 de julho de 2012

Alargar o círculo


Contei à minha irmã, não consigo ter uma novidade destas e não partilhar com ela. Ela adorou, passou a tarde toda a falar das coisas giras que vai fazer com a sobrinha. Nem me deu hipótese de contrapor que podia ser um menino, é uma sobrinha ela já disse!

Diz que vamos ser pais fantásticos, mas eu desconfio que ela só tenha dito isso porque quer mesmo muito ser tia outra vez.

Depois fomos lanchar à minha sogra, sabe-se lá porquê resolveu fazer o teste da agulha (para quem não sabe, é um teste extremamente cientifico - ;D– em que depois de passar uma agulha para cima e para baixo 3 vezes ao lado da palma da mão direita da pessoa a quem se faz o teste, se coloca a agulha em cima da palma da mão virada para cima, se a agulha fizer círculos, será uma menina, se a agulha andar em linha recta será um menino e se parar não se tem (+) filhos. Supostamente acerta no sexo, ordem e número de vezes que cada pessoa engravida) tanto a mim como ao meu marido deu que teríamos uma menina e seguidamente um menino. Perante a incredulidade de uma prima nossa que assistia ao “teste” a minha sogra voltou a fazer-mo e novamente o mesmo resultado.

Voz do povo, voz de Deus? Pois…

Bem, eu sempre quis dois filhos, e um casal, a ordem é que já me é indiferente. Desde que não sejam gémeos!


 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

3,2,1, Relaxar! Ou então não…



Preocupada com o facto de ser muito nervosa (ironia não intencional...), decidi começar a fazer meditação. Liguei o ZenTV e comecei a seguir as indicações com todo o afinco, e o que aconteceu? O canal bloqueou! A sério, é raríssimo acontecer com outros canais e da primeira vez que tento fazer meditação, acontece isto? Acho que foi um sinal que sou um caso perdido, não?
 

domingo, 8 de julho de 2012

Dia D


Hoje deixei de tomar a pilula, é um dia aterrador, dado que em breve ficarei inundada de hormonas, que me fazem passar do riso às lágrimas em tempo record, mas também me parece justo que o futuro papá sofra com as alterações que o meu corpo vai passar! A partir de agora começa a ser mais a sério dado que apesar de eu estar convicta que depois de anos a tomar a pilula o meu corpo vá demorar a preparar-se para a maternidade, o meu médico diz para eu estar preparada que possa engravidar de um dia para o outro.

Portanto, aguentar as dores de cabeça e o nariz entupido, porque acabaram-se os comprimidos (parece que ando um bocado fixada nisto, eu acho mesmo que não sou viciada, mas ao dar uma vista de olhos por este blog, começo a ter algumas dúvidas), começar a comer mesmo bem, não fazer esforços disparatados, não estar por perto quando a minha sogra começar a fumar, e … o quê mais?

Mas, eu consigo, sem receio, vamos lá!

Certo?
 

sábado, 7 de julho de 2012

Agora tudo é bébés!


Estava eu a navegar na internet a fazer qualquer coisa que não tinha absolutamente nada a ver e dei por mim num site muito engraçado: http://familia.sapo.pt/johnson/calendario_de_gravidez/desenvolvimento_fetal/828252.html, que descreve o que acontece com a grávida semana a semana desde que engravida até ao primeiro ano do filho.

É que agora parece que tudo me leva a bebés!

Por exemplo estou inscrita no Nicequest, que é um site onde respondemos a questionários e em troca recebemos pontos, os quais podemos depois trocar por objectos do seu catálogo. Andava a responder aos questionários mais por piada que outra coisa, dado que não havia nada no catálogo que me interessasse. Agora apercebi-me que há uma área para crianças onde se encontram coisas fofinhas e uteis, desde brinquedos a talheres, passando por biberões e uma caixa de primeiros socorros para bebé.

Também sou uma viciada em amostras, já me imagino a inscrever o meu rebento para receber toalhitas da Dodot, inscrevê-lo no Nestlé Baby, ou no site de Felicitas e tantos outros…



sexta-feira, 6 de julho de 2012

Preparar o corpo, preparar a mente?...

 
Fui à farmácia aviar a receita para uma caixa de ácido fólico e ben-u-ron, e a farmacêutica, despediu-se com um sorriso doce e um “Boa Sorte”.

Foi querida!

Ou estaria simplesmente a avisar os pobres eventuais fetos?

Portanto comecei a tomar ácido fólico, mas ainda tenho a caixa de pílula que estava a tomar para acabar, portanto durante os próximos dias ainda posso tomar comprimidos e subir à máquina de lavar para limpar as persianas e essas coisas assim. Mas dentro de uns dias tenho que aguentar as alergias e começar a portar-me bem. Pânico!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Como tudo começa…


Passou um mês e sei lá como, acabei por decidir que devia mesmo começar a tentar engravidar.
Assim sendo, eu e o meu marido dirigimo-nos ao médico de família e dissemos-lhe que estávamos a pensar engravidar. Eu pensei que dado que ele conhece todas as razões porque eu não devia ser mãe que já referi, me ia proibir determinantemente e dizer que jamais poderia ser cúmplice em fazer tal coisa a uma criança. Mas para minha grande surpresa, ele disse que era óptimo e que a altura era excelente!
Portanto receitou-me ácido fólico para eu começar a tomar imediatamente! Deu-me Ben-u-ron para substituir por qualquer medicamento que eu estivesse tentada a tomar em caso de emergência, proibiu-me os nebulizantes para o nariz (tortura!) e deu-me mais um raspanete sobre alimentação saudável “agora não é só a Ana, terá alguém por quem é responsável” – mais pressão, era mesmo o que eu estava a precisar…
E tenho mais uma requisição para umas análises, fiz umas há poucos meses, mas parece que “estas são diferentes”.

 

Bem-me-quer, Mal-me-quer


Chegou o dia de eu e o meu marido termos “a conversa” e sim admitimos que gostaríamos de começar a pensar em engravidar, mas eu ainda tinha muitas dúvidas sobre se estaria preparada.

Toda a gente diz que não se está preparada até se ter um filho, mas…isso é mesmo assim? Quer dizer, a maior parte das pessoas que me conhece, nas primeiras conversas que tem comigo acaba invariavelmente a perguntar-me se eu não sou demasiado nervosa ou a dizer-me que tenho que acalmar-me. Ora, vou sujeitar uma criança 9 meses aos meus “stresses” e mais uma vida inteira a aturar uma pessoa assim?

E não é só isso, eu como poucos legumes, nem faço sopa, só cremes! Só como peixe congelado, tenho que dar peixe fresco a uma criança! O meu marido não gosta de feijão e eu cedi completamente, em quase 3 anos de casados nunca o obriguei a comer feijão, o feijão é extremamente importante, se tiver um filho tenho de lhe dar feijão!

A acrescentar a isto tudo, apesar de não gostar de dormir muito, tenho muita necessidade das minhas 8 horas de sono, ou então fico muito rabugenta, a sério, sei que é vergonhoso admitir isto com esta idade, mas a verdade é que faço birra como uma criança quando estou com sono. Ora uma criança tem tendência a não dormir 8 horas seguidas! Por isso eu ser mãe corresponderá a uma birra prolongado pelos próximos anos?

Ainda por cima o meu marido é vigilante e trabalha por turnos, nunca sei bem qual será o seu turno no mês que vem, até porque tem grande flexibilidade de posto, mudando de posto e consequentemente de horário de x em x meses e no Verão é colocado em eventos noutras cidades durante semanas.

E eu tenho alergias, e miopia, e enxaquecas, e o meu marido tem antecedentes de diabetes na família… Todas doenças com componente hereditária!

E uma mãe deve estar empregada, não é? Estou a ser irresponsável certo? Como posso ser mãe se sou assim irresponsável? Não tenho qualquer pingo de coragem de contar ao meu pai que sequer estou a pensar em engravidar.

Portanto uma lista de razões porque eu jamais deveria ser mãe não é?

Pois é o que me parece!

Basicamente estou aterrorizada, tenho medo de ser um desastre e estragar uma pobre criança inocente de quem ainda por cima, são fortes as possibilidades, vou adorar mais do que qualquer coisa na vida.

Mas porque é que os bébés têm de parecer tão fofinhos e terem aquele encanto que não permite que afastemos o olhar deles?
É que se eu não quisesse um bébé, era tudo fácil. Se comesse mal, qual o problema? Não sou responsável por ninguém, posso dar maus exemplos à vontade! Se tenho que acordar mais cedo de manhã, deito-me mais cedo à noite, ou mesmo que esteja mais sonolenta, posso simplesmente fazer as coisas com mais calma, não é que vá deixar cair um bebé do meu colo ou queimá-lo com leite que me esqueci de verificar se estava demasiado quente. E também não são grandes as preocupações monetárias, com o que temos dá para fazermos a nossa vida, sem luxos, mas também nem temos grande jeito para gastar muito dinheiro, mas dá para de vez em quando irmos comer fora ou ao cinema, sem estar preocupados que temos que comprar uma vacina que é caríssima ou que temos que poupar, porque o miúdo pode querer fazer Erasmus ou sei lá!
Mas não, os bebés têm que ser adoráveis e darem vontade de termos um só para nós!

 

Quem sou eu


Olá! O meu nome é Ana, em Agosto faço 27 anos, estou casada há 3 anos com o rapaz com quem namorei 7 anos. Sou formada em Psicologia das Organizações mas há meses que estou desempregada. Tenho um irmão mais velho 5 anos, que está casado há 5 anos e tem um lindo menino com 2 anos. A minha irmã é mais nova que eu 7 anos e eu trato-a como se fosse minha filha.

E conto isto tudo porque estou a preparar-me para engravidar, mas estou apavorada!

Então é assim, quando eu era pequena, quando me perguntavam o que eu queria ser quando fosse grande, eu respondia que queria ser casada e ser mãe de dois filhos.

Aos 13 anos conheci a psicologia e foi um amor intenso. Percebi que era a minha vocação. Quando aos 17 anos conheci o meu marido e inevitavelmente me apaixonei, disse-lhe gostava de psicologia há mais tempo e que por isso primeiro tinha que ir ter a melhor formação possível nessa área. 5 anos depois voltei de vez para casa e casámos. Eu nunca tinha pensado ficar na minha cidade natal, até que fui confrontada com situações de crianças que apesar de viverem numa família de classe média, acabavam as tardes sozinhas porque os pais estavam a trabalhar e não tinham família nas redondezas. Assim decidi que se iria constituir família devia ficar na minha cidade natal onde podia contar com o suporte familiar.

Depois de uma incursão falhada no que devia ser um emprego na minha área, mas não foi, fiquei desempregada. Apesar de ter projectos interessantes, não tenho um ordenado fixo no final do mês. O meu marido está empregado e o meu pai é meu senhorio, por isso não pago renda, o dinheiro não é agora grande problema, mas pode passar a ser se tiver que contar com uma criança.

Assim, eu andava a adiar a decisão de engravidar, mas o meu marido, que vai ser simplesmente o melhor pai do mundo, apercebeu-se que está quase a fazer 30 anos e que não quer ser pai tarde. A nossa família não fala de outra coisa. E bem eu tenho tido vontade de fugir com o meu sobrinho para algum lado onde os pais não o encontrem e ele possa ficar todo só para mim, coisa que eu gostaria de não chegar mesmo a fazer…