Quando era miúda os desenhos animados davam ao
final da tarde, mesmo mo momento ideal entre acabar os trabalhos de casa e o
começo do jantar; ou então nas manhãs de fim-de-semana, com tempo para os pais
se poderem espreguiçar e fazer a rotina matinal com mais calma.
Os desenhos animados eram como um presente
diário que tínhamos que aproveitar cada minuto porque depois de perdida a “dose
diária” só, com sorte, no dia seguinte. Alguns desenhos animados só davam uma
vez por semana, o que tornava aquele dia ainda mais especial.
Hoje há canais só de desenhos animados, são vários
e dão desde o início da manhã, até muito depois da hora do antigo Vitinho. É
óptimo para as crianças que têm horas de entretenimento a um botão de distância;
é óptimo para os pais, que quando precisam têm à mão uma boa ferramenta para
distrair os filhos; e é óptimo para os publicitários que têm toda uma gama de
produtos sobre esses canais e suas personagens.
Mas (e talvez seja só a inveja a falar, porque
também eu gostaria de ter podido desfrutar de horas ininterruptas de desenhos
animados), olho saudosa para os tempos em que havia homens adultos conhecidos
por Lecas, em que os desenhos animados sabiam a uma bolacha de chocolate e no
dia seguinte todos os colegas na escola falavam do episódio do dia anterior.
Nos dias de hoje, acontecem coisas como outro
dia que perguntei a uma primita se gostava de uns desenhos animados que dão ao
fim-de-semana e ela respondeu que não os conhecia porque só vê os canais da
cabo! Acho mal!!!
Eu cá adoro desenhos animados são uma tão boa
forma de aprender, inventar e acreditar na magia. E ainda hoje quando acordo ao
sábado de manhã não consigo deixar de pensar em leite com chocolate de músicas
de desenhos animados…
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